domingo, 10 de julho de 2011

Devaneios - Insónias de mais um ser


O dia nasceu e com ele um sentimento tão apaziguador de um coração mergulhado na escuridão... escuridão essa apagada pela claridade que brota lá fora e não o deixa dormir... horas... minutos... segundos... badaladas de um relógio que não teima calar e deixar adormecer o som. Pois a manhã que nasce agora, adornada de silêncio da natureza, é muito mais suave que o leito que me aconchega... por esse silêncio e paz deixo a noite inimiga que apagou tal sono profundo que só pensara em dormir. Mesmo a luz do dia teimando em queimar os olhos semicerrados, prefiro-a à luz da lua vulnerável e instável que protege os seres em seu regaço. A mesma que abraçou mas não embalou... a mesma que foge sobre as nuvens e brilha sobre esta tela. Hoje, o escuro deste recanto tornou-se mais amigável do que nunca. Se calhar porque nunca deixou de o ser... pois, independentemente de tudo, ele está sempre aqui.. acolhendo-me em seus braços... pois, por mais escuro que se mantenha, não deixa de ter o brilho da sua palavra... sem críticas nem reparos... sem sentimentos contraditórios ou meras desilusões... E assim fico... protegida em teu recanto... um abrigo que pensei que nunca mais iria precisar... hoje, estou aqui, vulnerável pela lua...

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