Saboreio cada palavra... saboreio cada texto... saboreio cada poema escrito em prosa ou em soneto... saboreio cada melodia criada... tudo num só... e não me canso. Cada página que salto personifica-se em mais uma folha de um diário criado, tornando-se no saciador da minha sede. A mesma sede que procura conhecer o ser por detrás das palavras, das imagens, dos sons... Em cada palavra procuro... em cada palavra encontro... em cada palavra me aproximo... em cada palavra o meu sorriso transborda uma felicidade de sentir... de fazer parte de cada palavra escrita... de ser uma personagem desse diário. Por isso, guardo cada palavra como se fosse minha... guardo-as no fundo de uma gaveta adormecida, para que sejam libertadas num acordar solene de perfeição. Por agora... fico só com elas e às vezes sem elas, já que o silêncio pode ser tão cruel e a ausência tão sentida. Mas, enquanto se mantiverem cravadas em tinta numa tela ou num papel, manter-se-ão hóspedes deste mundo pintado em aguarela...
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