
Fito-os cuidadosamente uma e outra vez e descubro neles, primeiro, caminhos misteriosos que, em sinuosas curvas, percorrem a memória convergindo todos para o coração; depois, olhando mais atentamente, descortino o passado e desvendo o futuro. As pupilas tremem e como uma barragem cedendo paulatinamente à pressão das águas, vejo-os sucumbirem lentamente à pressão do sal que inicialmente desliza em finíssimos fios de tristeza, para depois se alargarem em espessos fios que crescem como um riacho onde a tristeza se agiganta com o passar dos dias.
Já vi esses olhos sorrirem melodias de amor, pronunciando em silêncio palavras sagradas só testemunhadas por Deus e pelas gaivotas que dançavam valsas em redor. Das íris cor de mel saíram raios de cupido, certeiros e sem mácula, recebendo em troca a luz brilhante do amor. Fenómenos de reflexão de um órgão ímpar que todos temos. O único que nos permite ver o horizonte. O coração. É nele que os sonhos acontecem e que as imagens tomam forma e ganham as cores alegres da vida. Às vezes, de um amor cristalino e puro, outras de um amor amorfo que morre no vagar dos dias se e só se…nós quisermos." (por Mar Azul, ver texto completo aqui)
Esta é a única razão pela qual não gosto que me olhem nos olhos...
Um conselho que devemos sempre seguir:
ResponderEliminarDeixa que te olhem, se for Amor o que vês...
É misterioso e mágico, não obstante... bem o sei... raro, esse fenómeno que dá rubro a esse orgão ímpar que se funde num par uno.
Dizem os "poetas" do povo, que os olhos sao o espelho da alma,e não mentem! nao admira...que nao queiras que olhem os teus se nao ficariam a saber mais do que tu...:)
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