...voar.. tenho saudades do bater das asas.. do voar pelo céu recolhendo em mim todos os sonhos que vivem no vento... vento que sinto.. vento que um dia já foi meu e hoje o vou perdendo aos poucos.. ficando apenas o vazio. Pequenas horas de último sopro.. mas vida tão recheada.. a mesma queria vivê-la como já ansiei viver um dia... ansiava pelo céu.. ansiava por uma efemeridade de alegria.. não uma solidão pautada por um relógio que quer deixar de trabalhar.. sentir a seda das pétalas manchadas de pólen.. elixir da vida e da beleza que mais não se faz sentir. Negro. Negro dos olhos que já não querem abrir e voar.. mas sim padecer à resignação das horas.. do tempo. Recuar.. a vontade de querer voar sem qualquer relógio a pautar..Magia do que uma borboleta um dia foi... efemeridade do que ela hoje é.. escravatura de um relógio que não quer partir e rasgar-se em mil vidros e peças donas de um tempo. Solidão de cada segundo. Sonho de cada movimento de bater de asa... proximidade do silêncio... hoje meia borboleta do que um dia foi... hoje apenas a lagarta ficou.. (they said)
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