Tudo está tão calmo… o silêncio vigora e a paisagem perdura. Ao fundo, no horizonte, entre céu e terra, nascem imagens dignas da natureza. Tudo permanece em fortes dourados, castanhos e bronze. No meio das casas, que brilham por entre pinheiros e eucaliptos, sombras de raios de sol beijam o chão onde foram construídas. Lá em cima… bem em cima do monte, vejo e revejo o desaparecer gradual das árvores e a sua substituição solene por rochas milenares. No ponto mais alto, permanecem geradores de electricidade soprados pelo vento… preparados para receber a primeira neve do ano e deixar o dourado do Outono ser ocupado pelo branco do Inverno. Tudo está calmo… tudo permanece frio… tudo é vento gelado que estremece as poucas folhas que ainda resistem nas árvores, castanhas escuras, como alguém as pintalgou.. De repente, um ou outro chilrear de um pássaro se ouve… e com ele a imagem de um voo pleno rasgando os céus… O sol já nos deixa mais cedo … a noite perdura sobre o dia… o nevoeiro que a acompanha já se faz sentir ao longe. Mas tudo permanece belo… tudo permanece silencioso… tudo permanece para além de uma janela…
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