Os seres tornam-se mestres não pelo que oferecem à sociedade mas pelo que são para ela. Em cada mestre encontramos um feito, um momento, algo que é construído e nunca quebrado… no máximo pode ser retocado por outros. Contudo, a beleza da primeira pedra lançada permanece pelos tempos. Assim acontece com a música, desde os mais ilustres nomes à alma mais anónima de todas, que lhe segue os passos. Os mestres da música tornam-se génios só por conseguirem transmitir um olhar sobre a sociedade… só por saberem olhar para uma pessoa e encontrarem nela uma magia particular e, através dela, saboreá-la, personificando-a na mais bela melodia. Tornam-se mestres pelo que são e pela vida que vivem intensamente, partilhando-a com os que a sabem ouvir. E, deste modo, como mestres, também são venerados e “retocados” por outros que os tentam imitar, ou apenas tentam reproduzir a mesma música que os apaixona. Contudo, a beleza do primeiro acorde de guitarra matem-se para todo o sempre, sendo saciador da sede do mais experiente ao iniciante no mundo de pautas e acordes. E em todos eles se sente o mesmo brilho, a mesma paixão, o mesmo olhar… tornando-se poetas sem palavras e músicos sem notas musicais, que abraçam a sua “estética” sem qualquer ordem… tendo como único objectivo cantar a vida segundo uma linguagem única… a música.
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