Para quem gosta de romances históricos como eu, o livro Principessa, de Peter Prange, pode ser uma boa prenda de natal... Apesar de ultimamente não ter muito tempo para ler, este livro despertou a minha atenção. A trama passa-se em pleno ano de 1963 em Roma, contando a história desconhecida da mulher que inspirou Bernini e Borromini, dois arquitectos brilhantes da Roma do século XVII:
"Enquanto a multidão festeja nas ruas a eleição do novo Papa Urbano VIII, uma jovem e ousada aristocrata inglesa chega à Cidade Eterna. Chama-se ela Clarissa Whetenham e atravessou a Europa disfarçada de homem, com o objectivo de se encontrar com a prima Olimpia, que, casada com o príncipe Pamphili, habita um palácio na cidade de Roma. Rapidamente Clarissa - a Principessa - se envolve amorosamente com dois jovens arquitectos, cujas obras virão a ser referenciadas, alguns anos mais tarde, entre as mais sublimes do barroco italiano. Um deles é Lorenzo Bernini, um homem brilhante, mundano e, por muitos, considerado o arquitecto preferido dos Papas. Ainda que não ficando indiferente ao seu poder de sedução, será, no entanto, pelo solitário e atormentado Francesco Borromini que a Principessa se apaixonará realmente. A ponto de colocar a vida em perigo para o ajudar a materializar algumas das suas mais prodigiosas e atrevidas criações. Será através da apaixonada relação destas três personagens que Peter Prange conduz o leitor através de uma sedutora e faustosa Roma assistindo à execução de algumas das mais emblemáticas obras arquitectónicas de sempre."
Este livro chega a ser apaixonante... Por um lado, temos o retratar da belíssima Roma com toda a sua luz e arquitectura típica do estilo barroco, onde através das palavras conseguimos imaginar tais belíssimas obras. Por outro, é contada a história de três personagens, em que a sua vida se confunde num amor levado ao extremo da loucura. Apesar de triste e solitária, a personagem de Francesco Borromini é aquela que mais me fascina. Com o virar de cada página, conseguimos sentir o amor e o seu fascínio por tão bela criatura como a personagem de Clarissa. Um amor de olhares e partilha de um gosto particular pela arte e arquitectura. A veneração por ela chega a ser tão grande que é transportada para essa mesma arte, sendo a sua única e verdadeira fonte de inspiração... personificando, em cada obra sua, o rosto da sua amada...
Deve ser interessante!! Gosto bastante deste género... Para já dedico-me aos contos do Edgar Allan Poe... beijinhos!!
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