"Percorro esses olhos vezes sem conta. Afundados no seu leito cavado no rosto, como um rio profundo apertado entre as rochas, de uma simetria orlada com olheiras vincadas de um cinzento infinito igual ao dos dias, permanecendo imóveis como que parados no tempo.
Fito-os cuidadosamente uma e outra vez e descubro neles, primeiro, caminhos misteriosos que, em sinuosas curvas, percorrem a memória convergindo todos para o coração; depois, olhando mais atentamente, descortino o passado e desvendo o futuro. As pupilas tremem e como uma barragem cedendo paulatinamente à pressão das águas, vejo-os sucumbirem lentamente à pressão do sal que inicialmente desliza em finíssimos fios de tristeza, para depois se alargarem em espessos fios que crescem como um riacho onde a tristeza se agiganta com o passar dos dias.
Já vi esses olhos sorrirem melodias de amor, pronunciando em silêncio palavras sagradas só testemunhadas por Deus e pelas gaivotas que dançavam valsas em redor. Das íris cor de mel saíram raios de cupido, certeiros e sem mácula, recebendo em troca a luz brilhante do amor. Fenómenos de reflexão de um órgão ímpar que todos temos. O único que nos permite ver o horizonte. O coração. É nele que os sonhos acontecem e que as imagens tomam forma e ganham as cores alegres da vida. Às vezes, de um amor cristalino e puro, outras de um amor amorfo que morre no vagar dos dias se e só se…nós quisermos." (por Mar Azul, ver texto completo aqui)
Fito-os cuidadosamente uma e outra vez e descubro neles, primeiro, caminhos misteriosos que, em sinuosas curvas, percorrem a memória convergindo todos para o coração; depois, olhando mais atentamente, descortino o passado e desvendo o futuro. As pupilas tremem e como uma barragem cedendo paulatinamente à pressão das águas, vejo-os sucumbirem lentamente à pressão do sal que inicialmente desliza em finíssimos fios de tristeza, para depois se alargarem em espessos fios que crescem como um riacho onde a tristeza se agiganta com o passar dos dias.
Já vi esses olhos sorrirem melodias de amor, pronunciando em silêncio palavras sagradas só testemunhadas por Deus e pelas gaivotas que dançavam valsas em redor. Das íris cor de mel saíram raios de cupido, certeiros e sem mácula, recebendo em troca a luz brilhante do amor. Fenómenos de reflexão de um órgão ímpar que todos temos. O único que nos permite ver o horizonte. O coração. É nele que os sonhos acontecem e que as imagens tomam forma e ganham as cores alegres da vida. Às vezes, de um amor cristalino e puro, outras de um amor amorfo que morre no vagar dos dias se e só se…nós quisermos." (por Mar Azul, ver texto completo aqui)
Esta é a única razão pela qual não gosto que me olhem nos olhos...
Um conselho que devemos sempre seguir:
ResponderEliminarDeixa que te olhem, se for Amor o que vês...
É misterioso e mágico, não obstante... bem o sei... raro, esse fenómeno que dá rubro a esse orgão ímpar que se funde num par uno.
Dizem os "poetas" do povo, que os olhos sao o espelho da alma,e não mentem! nao admira...que nao queiras que olhem os teus se nao ficariam a saber mais do que tu...:)
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