Hoje apetece-me falar de gatafunhos... sim aquelas coisas que os miúdos fazem nas paredes da sala ou, o mais normal, num papel em branco. Pois a verdade é que nunca pensei que a minha vida tivesse o problema dos gatafunhos. Sim GATAFUNHOS!!! Mas não são gatafunhos de criancinhas inocentes... mas sim de grandes senhores de renome licenciados e alguns doutorados chamados médicos. Nunca tinha pensado nisto, mas a letra de um médico pode ser bastante abstrata, tornando-se num problema extremamente grave quando queremos ler o processo clínico do doente e não sabemos o que ele tem. É que deste modo, nem com muito boa vontade ou com a ajuda do divino espírito santo podemos tratar o doente. Não acreditam? Ora vejamos: na tentativa de ler uma palavra deparo-me com um traço horizontal. O que pode ser bastante sugestivo. Primeiro, há que pensar e começar a seleccionar: será número ou palavra? E risca-se um. Em seguida, tentamos imaginar quantas letras ou digitos tem, consoante o escolhido anteriormente. E por fim, pensamos na categoria: patologia, medicamento ou uma palavra rotineira (que por um mero acaso até pode ser importante..). Deste modo e depois desta tentativa de decifrar palavras (que mais parece uma partida de Pictionary de quarta-feira à noite com os amigos), temos um doente desesperado por estar farto de esperar pela consulta... enquanto permanecemos com um sorriso amarelo e simpático de quem está muito compenetrado a ler o processo (mas que na realidade não está a pescar nada do que diz naquele papel azul...)
Por tudo isto, decidi fazer um curso de literacia em hieróglifos... sim HIERÓGLIFOS!! Deste modo, talvez me torne mais apta para decifrar aqueles códigos aberrantes, fundamentados em ciência e em muito saber, extremamente necessários de serem interpretados...
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